terça-feira, 19 de junho de 2007

Artigos em ensino de geografia

PONTUSCH Ka, n.n. A formação pedagógica do professor de geografia e as práticas interdisciplinares. São Paulo, 1994. Tese (Doutorado em educação) – Faculdade de Educação da USP.

As transformações da geografia no Brasil: pesquisa, livro e formação do professor.

O primeiro Departamento de Geografia no Brasil foi criado em 1946 ma Faculdade de Filosofia da USP. Simultaneamente, à criação da USP foi fundada a Associação dos Geógrafos Brasileiros.
Delgado de Carvalho, foi um intelectual muito importante para a geografia, pois foi ele quem aprofundou os conteúdos para História e Geografia. Delgado escreve um livro no qual discuti a urgência da Geografia tornar-se uma Ciência; que até então era utilizada como auxiliar do curso de História.
Em 1957, o curso de História e Geografia da USP passou a ser subdividido em dois, podendo os ingressantes optar por História ou Geografia.
Nas décadas de 40 e 50, a Geografia já dava importância aos Estudos Regionais. Surge o IBGEE, que teve papel fundamental na produção de artigos sobre pesquisa de caráter geográfico.
Para a produção científica da Geografia vamos ter a partir do século XIX, influências de alguns estudiosos estrangeiros da Geografia que contribuíram muito para o estudo e desenvolvimento dessa ciência como por exemplo: Karl Marx; Ratzel; Karl Ritter; Vidal de La Blache e outros.
A partir da década de 70, as novas técnicas disponíveis para as análises espaciais e a reflexão teórico-metodológica intensificada no Brasil foram de suma importância para o aprofundamento do estudo Geográfico.
Surgiu também nesta época novos paradigmas teóricos para a produção geográfica, que foi a criação de Estudos Sociais, que tinha a intensão de eliminar gradativamente a História e a Geografia do currículo.
No final da década de 80 e início dos anos 90, tornou-se marcante a presença de professores licenciados em cursos variados dando aula de Geografia, confirmando a falta de professor para esta disciplina no magistério.
No Fórum de Licenciatura, iniciado em 1990, foram discutidas propostas de reestruturação dos cursos de Licenciatura no sentido de assumir uma responsabilidade social de formar adequadamente licenciados para liderança no magistério público.
Referência bibliográfica:
FONTES, R.M.P.do A. Da Geografia que se Ensina à Gênese da Geografia Moderna. Florianópolis: UFSC, 1989.
A Geografia na Escola
Até meados do século XIX, as escolas estavam atreladas às instituições religiosas. Neste período, saber ler e escrever eram privilégios das classes dominantes.
Em 1948, inicia-se uma caminhada rumo ao estabelecimento dos direitos de todos os homens, tendo assim, a escola pública como um meio capaz de difundir os conhecimentos necessários à informação de todos os cidadãos.
A geografia foi rapidamente introduzida nos currículos escolares, principalmente por razões geopolíticas.
A primeira escola do pensamento geográfico é a tradicional, que por sua vez, evidencia uma precedência do natural sobre o social, para que, o social seja visto com natural. Essa forma de trabalhar a geografia, não corresponde à organização humana do espaço, por que não considera que, todo arranjo espacial contém em si relações sociais.
Na segunda metade do século XIX, a geografia começa a exercer um papel político social, substituindo a sociedade pela natureza.
Essa geografia denominada tradicional, que se estabeleceu marcada por traços que demonstram, sobretudo a fragmentação da realidade e o privilegia mento do natural em detrimento do humano.
Para que possa ser ensinada uma geografia que não isole sociedade e natureza, que não fragmente o saber sobre o espaço reduzindo sua dimensão de totalidade. O professor de geografia precisa conhecer a origem deste conteúdo.
É na Alemanha que a geografia passa ser considerada como disciplina integrante do currículo escolar e universitário.
Assim sendo, a construção da geografia moderna vincula-se a duas determinações fundamentais: a formação do Estado Nacional alemão e a expansão do sistema escolar.
Portanto, esta geografia, tornando-se um saber universitário, se converte num discurso sem conotações políticas expressas.

Proposta de aula:
O texto Geografia na escola poderá ser trabalhado com aulas teóricas explicativas, com o auxílio de transparências em retro-projetor, com tópicos principais bastante objetivos, para que sirva de orientação para o andamento do assunto.